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A Parvovirose é uma doença contagiosa, causada por um vírus, que ataca os cães domésticos, especialmente os cachorros por serem mais vulneráveis.
Esta virose classifica-se como zoonose, por atacar tanto o homem como o cão. No homem manifesta-se sob a forma de infecções nas vias resperatórias e nos olhos, mas sem gravidade, ao contrário da incidência nos cães onde normalmente é fatal. _____________________________________________________________ Sintomas No cão a doença manifesta-se de duas formas, a endémica, que é a mais frequente, e a miocárdica, que provoca a morte súbita do cão e que só pode ser diagnosticada no post-mortem, dado não existirem sinais clínicos da doença no animal enquanto vivo. Forma endémica Na forma endémica, as primeiras manifestações da doença são a febre, que pode atingir os 41º, sonolência, falta de apetite, vómitos, por vezes tosse e inflamação dos olhos (conjuntivite). A doença desenvolve-se pela inflamação da faringe e amígdalas, onde se replica, atingindo depois o aparelho digestivo, a começar pelo estômago e estendendo-se depois a outros órgãos como os intestinos e fígado. Nesta fase as fezes apresenta-se esbranquiçadas, sanguinolentas e sob a forma de diarreia. Forma miocárdica Na forma miocárdica o coração do animal, ao ser atingido, provoca-lhe a sua morte súbita. No entanto, na forma endémica, os danos podem atingir o músculo cardíaco e, embora esses danos não provoquem logo a morte do animal, podem deixar sequelas que o vitimarão quando ele envelhecer. Assim, um cão recuperado da forma endémica da doença, pode vir a contrair a forma miocárdica mais tarde. Os casos típicos da doença consistem em os cachorros serem aparentemente sadios, mas morrerem subitamente ou minutos após um período de angústia. Génese da doença A fonte primária da infecção é a exposição oral às fezes contaminadas. O vírus instala-se e infecta a faringe e as amígdalas, entra na corrente circulatória e atinge então os tecidos de vários órgãos: estômago, fígado, baço, medula óssea, pulmões, miocárdio e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele continua a replicar-se, provocando a necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. Combate ao vírus O vírus é muito difícil de combater e eliminar por ser muito resistente. Em condições normais de temperatura e de humidade, o vírus pode permanecer no meio ambiente durante vários meses. Uma forma de minimizar o contágio é evitar o contacto do cão com outros cães infectadoe e respectivas fezes. O animal doente deve ser isolado de outros animais e mesmo do homem, afim de impedir-se a propagação do mal. Prevenção A forma mais eficiente de prevenir a parvovirose é através da respectiva vacina. As vacinas não devem proteger somente o indivíduo, mas também a população, evitando a eliminação de vírus quando o animal está infectado. O papel dos anticorpos maternos na proteção dos cachorros é fundamental. Os níveis de anticorpos maternos (adquiridos pelo colostro) nos filhotes variam de acordo com os níveis de anticorpos encontrados na cadela. Quanto mais alto for o nível de anticorpos da cadela, mais altos serão os níveis encontrados nos cachorros e, portanto, mais duradoura será a imunidade passiva. No entanto, como o nível da cadela pode ser variável, a duração da imunidade passiva também será variável. Se o animal for vacinado e ainda apresentar vestígios de anticorpos, esses vão inutilizar a vacina. Assim, para se ter a certeza de uma eficiente imunização enquanto cachorros, deve-se dar a primeira dose entre 6 e 8 semanas de idade, a segunda entre 10 e 12 semanas e a terceira entre 16 e 18 semanas de idade. A revacinação deve ser anual. Consequências da doença O parvovirus em cachorros muito jovens (menos de meses) ou in-útero pode atingir também as células do coração e provocar problemas cardíacos imediatos, como a miocardite, ou mais tardios (até aos 6 meses) como seja a insuficiência cardíaca congestiva. Problemas neurológicos apenas se houver complicações durante a fase aguda da doença em que pode ocorrer septicémia ou hemorragias cerebrais.. mas é raro. O mais que se pode fazer é ir vigiando o animal e esperar pelo melhor. Vacinação da cadela Para assegurar uma boa imunidade aos filhotes, deve-se vacinar as cadelas antes da cobertura (antes do cio) mesmo que tenham sido vacinadas antes, pois recebendo uma nova dose da vacina, terão sua imunidade aumentada durante a gestação e a oportunidade de através da circulação inter-placentaria conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva. Embora não se tenha verificado qualquer interferência sobre o desenvolvimento normal do feto, não se deve vacinar cadelas prenhes. Depois do parto e já na fase de aleitamento das suas crias, a imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida através do leite (especialmente o primeiro leite, o colostro), aos filhotes recém nascidos, prevenindo-os assim da doença na primeira fase da vida e enquanto não atingirem a idade conveniente para eles próprios receberem as primeiras vacinas. Estas considerações são meros indicadores. Deve seguir-se à risca o programa de vacinação preconizado pelo veterinário. Indicação do esquema de vacinação (Deve ser preconizado pelo veterinário assistente) Idade Doença 6 semanas Parvovirose 8 semanas Parvovirose, Esgana, Hepatite vírica e Leptospirose 12 semanas (é um reforço da anterior) Parvovirose, Esgana, Hepatite vírica e Leptospirose 16 semanas Raiva Reforço das vacinas anualmente A Parvovirose é uma doença contagiosa, causada por um vírus, que ataca os cães domésticos, especialmente os cachorros por serem mais vulneráveis. Esta virose classifica-se como zoonose, por atacar tanto o homem como o cão. No homem manifesta-se sob a forma de infecções nas vias resperatórias e nos olhos, mas sem gravidade, ao contrário da incidência nos cães onde normalmente é fatal. _____________________________________________________________ xau
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